"cesta Basica"
Procon
-das brasilianische Minimum zum Leben
das Mindestgehalt in Brasilien
"cesta Basica" bedeutet soviel wie der "korb
der die zum Leben erforderliche Mindestmenge an Lebensmittel enthält
pro Monat"
CESTA BÁSICA PROCON - HISTÓRICO
Em dezembro de 1989, o então Centro de Estudos e Pesquisas
da Secretaria de Defesa do Consumidor do Estado de São Paulo, em parceria
com o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos)
iniciou o Projeto Cesta Básica Procon- DIEESE com o objetivo de oferecer,
diariamente ao consumidor paulistano, das diversas regiões da cidade, informações
sobre os preços praticados e suas variações bem como, a relação de supermercados
e seus respectivos endereços, onde pudessem ser adquiridos os produtos da
Cesta Básica pelo menor valor.
A metodologia adotada foi a coleta diária de preços e marcas
dos produtos de uma cesta básica elaborada com base no consumo de uma família
paulistana padrão.
O consumidor passou a ter, então, um grande aliado contra
as remarcações excessivas de preços, prática comum durante os primeiros anos
da pesquisa.
A característica inovadora do projeto foi a periodicidade
diária da publicação, sendo esta o diferencial da pesquisa. A variação de
preços tem sido usada como indicador econômico em órgãos públicos, associações,
sindicatos, bancos e empresas de consultoria, ultrapassando as fronteiras
do objetivo inicial e propiciando comparações de dados e análises econômicas.
Atualmente os valores divulgados pela Cesta Básica, têm servido de referência
às autoridades governamentais incumbidas de estabelecer a política salarial,
pois ela retrata a renda mínima necessária para garantir o acesso ao consumo
dos bens de primeira necessidade; tais como: alimentos,produtos de higiene
pessoal e limpeza doméstica.
A Cesta Básica serve também como parâmetro preventivo de
infrações contra a Ordem Econômica fornecendo dados sobre as práticas de mercado
quanto à política de preços do setor supermercadista.
É um importante instrumento de análise das fusões que se
propagam neste segmento, visando harmonizar os interesses dos participantes
do mercado de consumo.
O que compõe a Cesta Básica
A Cesta Básica foi definida a partir de dados dos hábitos
de uma família com renda média de 10,3 salários mínimos e composta de 4 pessoas
que compram em supermercados alimentos, material de limpeza doméstica e higiene
pessoal. Este perfil foi traçado a partir de dados obtidos da Pesquisa de
Orçamento Familiar de São Paulo (POF) e das Pesquisas de Consumo Alimentar
no Município de São Paulo (DIEESE), resultando na definição de 31 produtos:
22 de alimentação, 4 de limpeza doméstica e 5 de higiene pessoal bem como,
as quantidades de cada um.
Como se determina o valor da cesta
O valor da Cesta é calculado a partir da média dos preços
mínimos praticados, em cada um dos 70 supermercados pesquisados, independente
de marca ou tipo, considerando-se as quantidades de consumo ideal, para cada
item.
Além deste levantamento, faz-se um acompanhamento, também
diário, de outros produtos com marcas definidas, representadas pelas duas
principais líderes de mercado, e ainda uma terceira coleta denominada Outras
Marcas, tendo como requisito preços menores ou igual à marca líder, e mesmo
padrão de qualidade.
Para os produtos que apresentam grande diversidade de marcas,
tais como: arroz, feijão, batata, cebola, alho, lingüiça, salsicha, e etc.,
optou-se por fixar apenas o tipo e a quantidade por unidade de venda. Estes
produtos perfazem um total de 68 itens, sendo que a escolha dos mesmos é feita
com base em uma pesquisa paralela que estabelece as marcas, tipos e unidades
de medidas mais comercializadas no mercado.
Ao longo destes anos de levantamento muitas marcas foram
substituídas por outras, sempre que detectado problemas em suas ofertas.
A seleção dos supermercados é feita tomando por base uma
relação de estabelecimentos fornecida pela Associação Paulista de Supermercados
e complementada por levantamento próprio do Dieese.
O atual cadastro contempla cerca de 500 lojas que comercializam
toda a Cesta Básica.
Os supermercados foram alocados segundo as zonas do município
de São Paulo e de acordo com os dois primeiros dígitos do CEP (código de endereçamento
postal).
A cada mês a amostra de 70 supermercados sofre alterações;
substituem-se os estabelecimentos que cobram mais caro, por outros. Esta substituição
visa a identificar os locais que comercializam a cesta ao menor custo.
Diariamente, são divulgados os 3 supermercados com os melhores
preços por região, sendo que a seleção obedece os seguintes critérios de desempate:
- na falta de oferta do produto considera-se, para fins
classificatórios, o valor máximo de comercialização do respectivo bem no dia
do levantamento.
- no caso de empate do valor da Cesta Básica ou de um bem
específico, o supermercado a ser apontado como melhor opção será aquele que
apresentar um maior número de produtos com o menor preço.
Todos os dias há um rodízio dos pesquisadores entre os supermercados
cotados, para evitar vícios de levantamento.
As cotações diárias correspondem aos preços praticados nos
supermercados nas últimas 24 horas, ou seja, inicia-se às 14 horas do dia
anterior e termina em torno das 12 horas do dia da divulgação. O relatório diário é composto por 9 tabelas, contendo informações do município
como um todo e de cada uma das 5 regiões em separado. Nesse relatório são
apontados os 3 supermercados que comercializam a Cesta Básica ao menor custo
bem como, os locais onde diversos produtos, com suas respectivas marcas podem
ser adquiridos com o menor preço. Informam preços médios, mínimos e máximos
da cesta total e por grupos, percentuais de desabastecimento e de remarcações
de preços, tanto com altas como com quedas. São
fornecidas, também, tabelas contendo dados de estatística descritiva de preços
para cada item pesquisado. E ainda, uma tabela com a média dos preços mínimos
de cada produto, sua variação diária, semanal, mensal, trimestral, semestral
e anual, com os respectivos valores em suas datas base.
Componentes da Cesta Básica
com suas quantidades e pesos
Produtos |
Quantidades* |
Peso
Histórico**
|
Alimentação |
|
78,09% |
Arroz – tipo 2 (pac. 5 Kg) |
3 |
8,22% |
Feijão (pac. 1 Kg) |
4 |
2,66% |
Açúcar (pac. 5 Kg) |
2 |
1,53% |
Café (pac. 500 g) |
3 |
6,29% |
Farinha de trigo (pac. 1 Kg) |
3 |
1,85% |
Farinha de mandioca (pac. 500 g) |
1 |
0,59% |
Batata (1 Kg) |
4 |
1,21% |
Cebola (1 Kg) |
1 |
0,48% |
Alho (1 Kg) |
0,2 |
1,96% |
Ovos (1 Dz.) |
3 |
2,87% |
Margarina (250 g) |
4 |
1,71% |
Extrato de tomate (370 g) |
2 |
1,92% |
Óleo de soja (900 ml) |
5 |
3,19% |
Leite em pó (450 g) |
3 |
5,88% |
Macarrão (pac. 500 g) |
4 |
2,83% |
Biscoito maizena (pac. 200 g) |
4 |
2,32% |
Carne de primeira (1 Kg) |
3 |
10,14% |
Carne de segunda (1 Kg) |
4 |
7,65% |
Frango resfriado inteiro (1 Kg) |
5 |
9,22% |
Salsicha avulsa (1 Kg) |
0,5 |
2,21% |
Lingüiça fresca (1 Kg) |
0,3 |
1,45% |
Queijo Muzzarela fatiado (1 Kg) |
0,5 |
1,85% |
|
|
|
Limpeza Doméstica |
|
11,19% |
Sabão em pó (800 g) |
4 |
4,81% |
Sabão em barra (unid.) |
15 |
4,32% |
Água sanitária (1 l) |
2 |
1,08% |
Detergente (500 ml) |
2 |
0,99% |
|
|
|
Produtos de Higiene
|
|
10,72% |
Papel Higiênico (pac. 4 unid.) |
3 |
3,20% |
Creme Dental (tubo 50 g) |
4 |
1,81% |
Sabonete (90 g) |
10 |
2,02% |
Desodorante spray (100 ml) |
2 |
1,29% |
Absorvente (pac. 10 unid.) |
1 |
2,40% |
(*) unidades do produto que integram o valor da cesta
(**) quanto o preço do produto interfere no valor total
da cesta (em média)
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